Senhor!
No santuário do
lar, recordando a tua sábia conduta, no abençoado reduto doméstico, nós, os
discípulos imperfeitos da tua mensagem de luz, erguemo-nos para rogar em favor
das nossas lutas.
Ajuda-nos a amar, embora a aflição de que nos
sentimos objeto:
Ensina-nos a servir, apesar dos desencantos que
acumulamos;
Oferece-nos inspiração para as atividades, mesmo
em face do cansaço ou do desespero que nos esmagam;
Doa-nos a alegria, conquanto as chuvas de fel
nos atormentem;
Instrui-nos no serviço do bem, mesmo com as
feridas não cicatrizadas das lutas renhidas;
Levanta-nos para prosseguir e perseverar!
Não somos outros espíritos...
Somos os dilapidadores da paz alheia, envergando
roupagens novas;
Somos os algozes do passado, travestidos de
vítimas no presente;
Somos os inquietadores agora inquietados;
Somos os semeadores da discórdia, colhendo
cardos;
Somos os pomicultores da usura nas mãos da
necessidade;
Recapitulamos para aprender, recomeçamos para
crescer.
Ainda ontem, ouvindo tua voz, desertamos do
dever, e dizendo-Te servir, distendemos a impiedade e a perturbação...
Hoje, porém, libertados da imprudência,
levantamo-nos para a vida.
Sê nossa rota, nossa luz, nosso bastão.
Senhor, sustenta a nossa fragilidade e apiada-te
de nós!
Autor: Marcelo
Ribeiro
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